domingo, 27 de setembro de 2015

As Viagens de Gulliver - Opinião


Não posso negar, que demorei muito tempo a ler este livro (fiquei doente muitas vezes, e como tal, o apetite para a leitura era muito reduzido), mas quando melhorei, melhor era impossível.
Eu acho que embora só tenha lido este livro do Jonathan Swift, considero-o um génio e espero ler muito mais dele.
Bem, falando do livro, a personagem principal chama-se Gulliver, um jovem cirurgião que após a morte do chefe se aventura pelos mares, e a partir daqui começam as famosas Aventuras de Gulliver. Este mesmo passa por vários naufrágios e "yáhus" que não o entendem, por isso, acaba sempre em ilhas desconhecidas, onde vai encontrar diferentes habitantes, diferentes pensamentos, diferentes modos de viver, enfim... Acontece algo, volta para a sua pátria - Inglaterra - e passados poucos meses mete-se outra vez num navio que outra vez o vai levar para outra variada ilha. Este livro é um enorme clássico, que pode ser interpretado de duas maneiras consoante a idade do leitor:

  • se for uma criança, vai achar este livro cheio de fantasias e aventuras que os vão motivar a leitura;
  • se for um adulto, vai perceber a mensagem que o escritor pretende transmitir com este livro: criticar o modo de vida europeu - principalmente inglês. Através desta sátira muito bem disfarçada, reparamos que é uma obra intemporal, e muito do que acontecia no séc. XVIII continua hoje em dia, o que é de fato fascinante.
É uma leitura viciante, com muitas questões filosóficas que nos fazem pensar no bem e no mal, no correcto e no incorrecto, em várias questões portanto... O que Gulliver sente é-nos transmitido, e isto, apenas por Jonathan Swift ser de facto um escritor geneal.

O que acharam deste livro? Concordam com o que disse sobre o mesmo? 

Classificação: 5/5

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Livros que estou a ler

1) Viagens de Gulliver


Título original: Gulliver's travels
Título nacional: Viagens de Gulliver
Autor: Jonathan Swift
Editora: book.it, que já não se encontra nos mercados. Gostaria de ter a da imagem ao lado, parece ser muito completa
Páginas: 207
Género: Sátira

Sinopse: Adoradas por sucessivas gerações de leitores, Viagens de Gulliver contam as aventuras de Lemuel Gulliver, um "cirurgião que foi capitão de vários navios", por terras muito estranhas mas que têm, curiosamente, muitas coisas parecidas com a sua: Gulliver sofre um naufrágio e vai dar à terra de Lilipute, com os seus aguerridos e vaidosos habitantes de 15cm, daí passa para Brobdingnae, terra de pacíficos gigantes, em seguida para a terra dos cómicos, Lapúeia, depois para a dos assustadores Struldbruggs e, finalmente, para a terra dos belos e civilizados cavalos que falam, os Huyhnhms, e das suas bestas de carga, os humanos Yahús. Livro que se pode ler de muitas maneiras, esta sátira é, por excelência, um verdadeiro clássico para todas as idades.


Eu recebi este livro em 2008, mas nunca me motivou. Decidi pegar nele (também é sugerido pelo Plano Nacional de Leitura deste ano para o 10º) e comecei a lê-lo, estou a achar muito interessante. Quando acabar digo mais alguma coisa. 

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Alice no País das Maravilhas - Opinião


A edição que eu tenho deste livro, é uma edição que já não se encontra no mercado, não tem ilustrações, nem explicações, somente a sinopse, alguma informação sobre o autor e o texto. 

Então, este livro conta a história de uma rapariga de 10 anos, que se chama Alice, ela cai num sonho (que não se apercebe até ao final) e o Coelho Branco passa por ela muito atrasado, ela segue-o pela toca abaixo e após muito tempo chega a um novo lugar. Ela aí vai passar as maiores aventuras da sua vida, e vai crescer imenso como também diminuir de tamanho até acordar. É uma história non-sense, pelo qual nada disto faz sentido, até ao fim quando ela acorda do sonho e o compartilha com a irmã, que, mais tarde vai sonhar com ele, só que de uma maneira muito mais adulta e sempre que se lembrar deste sonho vai também lembrar-se da sua irmãzinha que embora já tenha crescido continua ingénua.

É uma história para todas as idades, para as crianças uma história infantil, mas, para os adultos uma história cheia de metáforas e simbologia, que só estes conseguiriam decifrar. A imagem acima, é uma edição em inglês com todas as obras do Lewis Carroll, e para além se ser muito muito linda, introduz-nos no tempo cronológico, explicando como era a era vitoriana. Trata-se de uma edição comentada, e, por isso, facilita-nos muito a compreensão de todas as metáforas e trocadilhos que só naquela época (1865) se conseguiriam decifrar sozinhos. Ri-me muito durante este livro, porque o autor joga muito com as palavras homófonas e mesmo algumas das frases com que faz trocadilhos.


É uma leitura muito rápida e de extremamente fácil compreensão, se a entendermos como uma literatura infantil e divertida. 
É uma leitura mais séria (afinal, é um clássico!), se o objetivo for uma leitura adulta, e só conseguimos isso com uma edição de uma grande qualidade explicativa.

Como eu tinha feito um pouco de pesquisa antes e depois, deu para entender um pouco das metáforas (não tudo) mas um pouco, e tenho de confessar que gostei muito, foi uma leitura bastante fluída, que espero reler (como também espero ler a continuação - Alice do Outro Lado do Espelho) quando tiver a edição das Barnes & Nobel Leatherbound (estou apaixonada por esta coleção).

Já leram este livro? Gostaram tanto como eu?

Classificação: 5/5

terça-feira, 8 de setembro de 2015

Livros que estou a ler

1) Alice no País das Maravilhas


Título original: Alice's Adventures in Wonderland
Título nacional: Alice no País das  Maravilhas
Autor: Lewis Carroll
Editora: Book.it, já não se encontra no mercado (A que está na imagem não é a minha edição, mas eu quero mesmo muito ter esta, é em inglês e tem todas as obras do autor, cerca de 1000 páginas, e é super linda, quero muito)
Páginas: 128
Género: Infanto-Juvenil, Fantasia

Sinopse: Aquele que é provavelmente o livro de fantasia mais famoso de todos os tempos teve origem numa história que o Reverendo Dodgson, que viria a ficar conhecido em todo o mundo como Lewis Carroll, contou às três irmãs Liddell, suas amigas, para as entreter durante um passeio de barco a remos no rio Tamisa. Alice, a irmã do meio, que tinha 10 anos, gostou tanto destas aventuras disparatadas e maravilhosas que lhe pediu que lhas escrevesse. Mais do que isso, o Reverendo decidiu então completá-las e três anos mais tarde, em 1865, publicou As Aventuras de Alice no País das Maravilhas, que já foram traduzidas para 125 línguas, entre as quais o latim e o esperanto, e viriam a ter uma continuação no livro Alice do Outro Lado do Espelho.


A minha mãe deu-me este livro em 2008, mas eu nunca o cheguei a ler (pelo menos que me lembre), então decidi começar a lê-lo agora. É um livro muito fininho e é um clássico. Tanto se enquadra para crianças como adultos, devido à simbologia por detrás da história. Ainda não li muito, apenas até à página 21, mas está a ser muito interessante. Esta edição não tem uma introdução, por isso, para percebermos a simbologia temos de pesquisar.

Contos exemplares - Opinião


Eu acho que este livro foi uma prenda que deram à minha irmã, há cerca de dois anos atrás, e, ela nunca o chegou a ler. Um dia, estava a arrumar umas coisas e descobri este livro, que nem sequer estava aberto. Decidi começar a lê-lo.
Este é um livro sugerido pelo Plano Nacional de Leitura para o 8º ano. É de notar também que foi escrito em 1962, ainda vivíamos na Ditadura Salazarista.

Sophia abre este livro, com a seguinte frase de Cervantes, "Prólogo al Lector" em Novelas Ejemplares:

"Heles dado el nombre de ejemplares
y si bien lo miras no hay ninguna de
quien no se pueda sacra un ejemplo"

Logo a seguir, temos o pórtico, os sete contos, a biografia da autora e, por fim, o índice.

Como disse anteriormente, este é um livro constituído por sete contos, temos:
  • O Jantar do Bispo, em que o Bispo tenta a todo o custo salvar a Igreja. A autora aproveita a personagem: "Primo Pedro", para fazer críticas ao Regime Salazarista;
  • A Viagem, que conta a história de um casal que se perdeu no caminho, e, embora, não se tivessem apercebido, estavam a caminhar para o abismo;
  • Retrato de Mónica, mostra-nos uma mulher, que faz de tudo para atingir o que quer;
  • Praia, onde todos os convidados se preocupam com o passado e o presente, mas apenas um ou dois se preocupam com o futuro (este conto está cheio de críticas ao Regime);
  • Homero (que acho ter sido o único que li no 8º ano), fala sobre um homem: "Búzio", um pobre a que ninguém liga, mas quando abre a boca tem a classe de Homero (escritor da Íliada e da Odisseia);
  • O Homem, mais uma vez pobre, mas muito bonito. Carrega uma menina loira, com uma beleza rara. É visto, apenas, pela narradora, que hesita se vai ou não ter com eles, pode-se dizer, que a decisão que tomou foi muito lenta.
  • Os Três Reis, conta a história dos Reis Magos, e como cada um seguiu a estrela para encontrar Jesus.
Para além, da crítica que está sempre presente, a religiosidade é um tema bastante badalado. António Ferreira Gomes é quem escreve o Pórtico, onde nos ajuda a perceber melhor os contos e a mensagem que eles querem transmitir, mas aconselharia a lerem-no depois deles, para não se tornar muito maçudo.
As ilustrações e a própria capa também são muito bonitas.

Já leram este livro? Que acharam? Que outros contos aconselhariam?

Classificação: 4/5

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Livros que estou a ler

1) Contos exemplares


Título original: Contos exemplares
Autora: Sophia de Mello Breyner Andresen
Editora: Porto Editora
Páginas: 161

Sinopse: Um homem e uma mulher que se perdem num caminho; um bispo que tenta, a todo o custo, salvar uma igreja;
uma mulher que não olha a maios para atingir fins; três reis à procura de uma nova luz...
Para além do bem e do mal, de Deus e do Diabo, estes sete contos põem em cena situações exemplares da vida humana, na sua dificuldade e na sua beleza.


Para ser sincera, já acabei de ler, portanto, faço a minha opinião noutro post.



quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Os Lusíadas de Luís Vaz de Camões contados às crianças e lembrados ao povo - Opinião


O prefácio é quem marca o início desta obra, e como tal, está presente o resumo do conteúdo deste livro e o que levou o autor a escrevê-lo, que, neste caso, foi o facto de as crianças não conseguirem ler a epopeia de Camões e o facto de muitos dos adultos já não se lembrarem dela (mais explicito não podia ser o título). Então, este livro encontra-se dividido em dez parte como a epopeia Camoniana está dividida em dez cantos (é claro que não está presente a proposição, a invocação, a dedicatória e as reflexões do poeta, mas outros pormenores tornam-se mais explícitos):


  • O canto I de Camões, corresponde à primeira e segundas partes (um pouco da terceira também está presente) deste livro. João de Barros, apresenta aos leitores o começo da viagem, a reunião dos Deuses no Olimpo, os perigos e traições provocados por Baco, a chegada a Mombaça, a partida de Baco, a ajuda de Vénus e a súplica de Vasco da Gama;



  • O canto II de Camões, corresponde ao restante da terceira parte deste livro. Aqui, João de Barros transmite-nos as súplicas de Vénus ao seu pai, Júpiter, que atende o seu pedido, a missão de Mercúrio, a partida da Armada, a chegada a Melinde e o acolhimento do rei de Melinde, que, mais tarde, pede a Vasco da Gama para lhe contar a história de Portugal;



  • Os cantos III e IV de Camões, correspondem à quarta parte deste livro. Vasco da Gama, conta a história de Portugal ao Rei de Melinde; 


Nota: O episódio d' O Velho do Restelo como o episódio d' As Despedidas em Belém, são tratados na primeira parte deste livro.

  • O canto V de Camões corresponde à quinta parte deste livro. Esta parte dedica-se ao episódio d' O Adamastor;



  • O canto VI de Camões corresponde à sexta parte deste livro. Aqui, é-nos apresentada a história d' Os Doze de Inglaterra, a chegada da tempestade - na qual Vénus acaba por intervir - e a chegada a Calecute;



  • O canto VII de Camões corresponde à sétima parte deste livro. Gira tudo à volta do que acontece na Índia;



  • O canto VIII de Camões corresponde à oitava parte deste livro. Paulo da Gama, apresenta aos Índios os heróis de Portugal;



  • Os cantos IX e X de Camões correspondem à nona parte - os portugueses regressam à Pátria - e à décima parte, que decorre na Ilha dos Amores.


A seguir, deparámo-nos com a biografia de Camões (com apenas um total de seis páginas, mas muito enriquecedora a quem não o conhece). No final, encontra-se o Índice.

O livro tem apenas 133 páginas. Uma razão para este livro ser tão pequenino é o facto de João de Barros tratar dos assuntos com muita objetividade. 

Na minha opinião, o que o autor diz no prefácio deste livro consegue descrevê-la: "Não se toca numa obra de génio, para a apresentar simplificada aos olhos do público, sem a triste e aliás inevitável sensação de amarfanhar a sua beleza, de corromper e desfolhar o seu encanto radioso." Foi exatamente isto que senti. Contudo, para o público a que se destina - crianças que não lêem a epopeia Camoniana, porque não conseguem e aos adultos que já se esqueceram da mesma - este livro é perfeito para conhecerem a história d' Os Lusíadas, ou pela primeira vez, ou mais uma vez.

Classificação: 3/5

terça-feira, 1 de setembro de 2015

Livros que estou a ler

1) Os Lusíadas de Luís Vaz de Camões contados às crianças e lembradas ao povo


Título: Os Lusíadas de Luís Vaz de Camões contados às crianças e lembradas ao povo
Autor: João de Barros
Ilustrações: André Letria
Editora: Marcador
Páginas: 133
Género: (Em falta)

Sinopse:  "Era uma vez um povo de marinheiros e de heróis, o povo português, o nosso povo, que já lá vão muitos anos - mais de quatrocentos - quis descobrir o caminho marítimo para a Índia. A Índia aparecia então, aos olhos de todos os Europeus, como terra de esplendor e de riqueza, que todos os homens desejavam, mas onde era difícil, quase impossível chegar.

Quatro pequenos navios - tão pequenos sobre o imenso, ignorado Oceano! - Quatro naus comandadas pelo grande capitão Vasco da Gama lançaram-se através do Atlântico, só conhecido até ao Cabo da Boa Esperança, dobraram esse Cabo e puseram-se de vela para a região que demandavam.

O vento era brando, o mar sereno. Até então a viagem correra sossegada. Mas os perigos seriam constantes, a travessia arriscada, a viagem longa. E ninguém sabia ao certo o rumo a seguir, pois nunca outra gente se atrevera sequer a tentar tão comprida e custosa navegação

Só a coragem e a audácia dos Portugueses seria capaz da proeza heróica!"


Assim inicia João de Barros a sua adaptação em prosa de Os Lusíadas, o poema épico português. Nesta obra, o autor condensa e simplifica a leitura dessa joia de literatura nacional, tornando-a acessível a um público mais jovem, mas interessado em conhecer a sua História e as suas Origens.




Eu comprei este livro, em 2012, com o dinheiro que ganhei num concurso de desenho a nível regional, fiquei em 3º lugar, por isso recebi um cheque da Fnac com uma quantia, e decidi gastá-la em livros. Nesse dia, vi a bibliotecária da minha escola, e ela aconselhou-me os livros que deveria ler. Comprei-o. Passados 3 anos parado, decidi pegar nele e para além de o ler para mim estou a ler também para a minha irmã - o Plano Nacional de Leitura, aconselha-o quando ela tiver mais um ano, mas eu não vou esperar e já lhe comecei a ler (Qual é a diferença?). Eu li este ano Os Lusíadas (este ano letivo irei dá-lo outra vez - os programas mudaram - só que mais complexo, também para mim não é um grande problema, porque eu adoro Os Lusíadas, eu adoro Camões - temos uma forte ligação juro. O ano passado não era obrigada a lê-lo mas assim o quis e não me arrependi, foram os melhores momentos de leitura. Por isso, a opinião d' Os Lusíadas de Camões só a farei talvez para o próximo ano). Já comecei a ler este livro de João de Barros, e tenho a dizer que a linguagem é mesmo destinada às pessoas acima indicadas no título, é uma linguagem muito simples e fácil. Creio que se começassem por este pequenino livro, perceberiam melhor depois Os Lusíadas. Pelo que já li, parece tratar-se de um pequenino resumo numa linguagem informal, para dar a conhecer pelo menos a história d' Os Lusíadas (que toda a gente deveria ler a propósito) e dar uma ajudinha a entender o próprio. Não se trata de uma obra de génio. Vou na página 62, e para já esse aspeto está bastante presente, para quem já leu Os Lusíadas, mas penso que para quem nunca leu está aqui uma fantástica obra.

Leituras do mês - Agosto 2015




1 - Os Jogos da Fome; Suzanne Collins, 4*


2 - Os Jogos da Fome - Em Chamas; Suzanne Collins, 4*


3 - Os Jogos da Fome - A Revolta; Suzanne Collins, 4*



Como os avaliei em grupo, todos recebem a mesma pontuação, embora individualmente, a segunda e a terceira tivessem mais pontuação.
Os Jogos da Fome foram uma trilogia espetacular, conclui que o género de ficção científica é um bom género para mim. Agora estou super ansiosa por ler mais livros assim: já li a saga Divergente (o outro verão, por isso, não sei se vou escrever a minha opinião, se não o reler) e já tenho a saga Maze Runner aqui em casa, à espera de ser lida. Dizem que tem muito a ver com os Jogos da Fome, acham o mesmo? Vale a pena?

4 - A Vida de Pi; Yann Martel, 4,5*

                                                                                (Ver Opinião aqui)

Foi o último livro que li, neste mês, e, sinceramente, foi dos melhores, agora não paro de pensar porque é que o ano passado não o li - lá está o arrependimento. Achei-o mesmo bom, por isso as 4,5*, quase perfeito, senão fosse as descrições tão pormenorizadas na primeira parte  que se tornam enfadonhas.

A Vida de Pi - Opinião



Este livro começa com a nota do autor, que para mim foi muito essencial, e motivou muito a minha leitura porque eu adoro saber como surgiram as coisas, neste caso, o livro, e, de fato, o autor explica-nos isso mesmo, também agradece a todos que o ajudaram a construir esta história.


O livro - A Vida de Pi - está dividido em 3 partes.
A primeira parte tem o nome de "Toronto e Pondicherry" e nesta parte e na primeira pessoa, Pi, começa por contar o que estudou na universidade e tudo o que aconteceu depois da sua aventura; depois retrocede ainda mais e conta-nos aspetos da sua infância. Em itálico, o escritor, faz pausas na narrativa, e conta-nos pequenas coisas sobre o aspeto físico e psicológico de Pi, como é a sua casa e o que faz. Esta parte debate muitas questões filosóficas, como os animas no zoo ou na selva e a religião - que foi muito interessante a nível de informação mas um bocado enfadonho, porque como debate muitas coisas e temos de pensar enquanto lemos a leitura torna-se lenta e parece que não saímos do mesmo lugar, mas garanto que vale mesmo a pena continuar a ler.



A segunda parte chama-se " O Oceano Pacífico" e é aqui que as aventuras de Pi começam, no Oceano Pacífico, e o livro se torna mais viciante e também um pouco um manual de sobrevivência (que nos leva até a pensar que se naufragarmos, com ele estamos prontos para tudo). As aventuras de Pi começam e tudo o que Pi sente nós sentimos, se Pi sente fome nós também, se Pi se sente triste nós também, o mesmo quando se sente contente. O que Pi perde nós perdemos, o que Pi conquista nós conquistámos. E no final nós acabamos por conquistar e ficamos felizes, apesar de todo o mal que já aconteceu.

Na última das partes "Enfermeira Benito Juárez. Tomatlán, México,", Yann Martel - o escritor - começa por narrar o que os dois investigadores, em busca de respostas sobre o naufrágio do cargueiro "Tsimtusm", em que Pi, a família, os animais, a tripulação e os oficiais estavam, passaram. O resto consiste no diálogo entre eles mesmos e mais uma pessoa, em busca de respostas. Por fim, o escritor, intervém uma última vez, com o relatório que um dos investigadores apresentou para explicar o naufrágio do cargueiro, pela conversa que teve no México.



É uma história muito bem construída, pelo qual,  não posso deixar de valorizar a escrita de Yann Martel, que com este livro ganhou o Prémio Booker. Acho mesmo que é "uma das mais extraordinárias criações literárias da última década e também acho que toda a gente deveria ler, e por isso mesmo aconselho-o para todas as pessoas. Este livro, motivou-me a ler outras obras do autor, talvez "Beatriz e Virgílio, seja uma boa aposta. Acham? Mas penso que não vou ler tão cedo. A escola não deixa muito tempo para a leitura, e antes tenho de ler outros livros, mas vou chegar lá.

Quanto ao filme, acho que a indicação ao Óscar foi muito bem merecida, as imagens, a música, a interpretação dos atores são esplêndidos. Quanto aos argumentos escolhidos, não são maus, mas acho que podia ter usado mais os do livro, mas o realizador escolheu assim, o que não deixa de ser bom, mas, na minha opinião, o livro é muito melhor.

Classificação: 4,5/5

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Trilogia - Os Jogos da Fome


Tenho de confessar que quando comecei a leitura do primeiro livro desta trilogia, a vontade de desistir era grande - muitas das vezes era abordada com as mais variadas descrições, de como era a vida no Capitólio ou como foram passados os dias de Katniss, nesse mesmo local, antes dos Jogos da Fome começarem, o que foi aborrecido e o livro estava num impasse, mas sei que todas as descrições foram necessárias para transmitir ao leitor a vivacidade e realidade dos acontecimentos - mas quando os treinos começam e também, mais tarde os Jogos, a obsessão por este livro torna-se muito grande, e como a Stephenie Meyer comentou (eu também) "estava tão obcecada por este livro que o levava para a mesa de jantar e o mantinha debaixo da mesa, para não ter de parar de o ler". Este sentimento foi aguçado até às últimas páginas do terceiro livro desta trilogia, que muitas pessoas dizem ter achado o pior mas eu achei o melhor, aliás esta trilogia vai subindo a fasquia a cada livro, acho que parte desta opinião tem a ver com o facto de eu ter gostado mais das personagens a partir do segundo livro, por exemplo, eu não tive tantas ligações com as personagens do primeiro livro como as do segundo (é que nem se compara). Claro que a Rue ganhou o meu coração, mas foi uma das únicas, enquanto que no segundo livro, o Finnick era simplesmente o meu amor, relativamente às novas personagens, e não deixei de me identificar muito com a Jonhanna (somos muito parecidas na maneira de pensar, e acho que por isso a adorei), a mente brilhante do Beetee, que nos impressiona a todos, os "morphlings" ou só a mulher que demonstrou-se muito corajosa, os próprios tributos do 1, 2 e 4, que eram os "maus". É doloroso sentir as dores do Gale, relativamente ao amor do Peeta e da Katniss, o que se passa em toda a trilogia (menos despercebida no último volume talvez), o facto é que cada vez que ele aparecia eu sorria, era um dos meus preferidos. O Peeta também fazia as minhas delícias, mas depois de ver como ele era carinhoso e lamechas, enjoava um pouco e não sorria tantas vezes com as suas presenças, no final sorri e sorri. A acabar o segundo livro acontece um ato grandioso que foi demonstrado desde o início pelos tributos, e que me deixa com o coração nas mãos, achei lindíssimo, e nos intriga para o terceiro livro. São demasiadas as personagens por quem ganhei um carinho especial, para encurtar, direi que são todas a quem Katniss também detinha o mesmo sentimento. Começa o terceiro livro, o prazer pela leitura desta trilogia triplica-se. Foram muitas as vezes que me senti em baixo quando uma das minhas personagens preferidas morria ou não estava tão bem mentalmente, como o Peeta ou a própria Katniss, muitas mesmo! Mas recuperei, e não posso deixar de valorizar a escrita grandiosa e simples da escritora, que é muito fácil de ler (tal é o objetivo). Adorei o final que ela deu, fez-me muito feliz. As especulações dentro de mim do que iria acontecer eram infinitas, e não vou dizer que é previsível porque não é. É difícil ver o rumo que certas personagens acabaram por tomar, mas faz tudo sentido. 

Uma história fantástica, uma escrita espetacular, uma escritora grandiosa!

Aconselho a fãs de ficção científica, romance, ação e aventura. A meu ver é uma trilogia sem idades, acho que qualquer pessoa, desde os mais novos aos mais velhos, deveriam ler. Não se vão arrepender.

Ah, eu por exemplo já vi os filmes relativos a esta trilogia, com a exeção do que corresponde ao terceiro livro (o filme foi dividido em duas partes) segunda parte, e estou realmente ansiosa por ver o que fizeram. Como tinha dito no post anterior, já tinha visto os primeiros três filmes de 4 antes de ler os livros, e é claro que o filme não se compara ao livro, mas acho que está também muito bem conseguido. O filme vai estrear a 19 de novembro, um dia antes da estreia nos EUA. Aqui deixo o trailer em inglês: 



Espero que tenham gostado da minha opinião! Têm algumas dicas?
Já leram os livros? Já viram os filmes? Gostaram? De qual mais? Quais foram as vossas personagens favoritas? Estão ansiosos pelo quarto filme?


Classificação: 4/5

domingo, 23 de agosto de 2015

Livros que estou a ler

1) Os jogos da Fome - A Revolta


Título original: Mockingjay - The Hunger Games
Título nacional: Os jogos da Fome - A Revolta
Autora: Suzanne Collins
Editora: EDITORIAL PRESENÇA
Páginas: 275
Género: Jovem Adulto

Sinopse: Katniss Everdeen não devia estar viva. Mas, apesar dos planos do Capitólio, a rapariga em chamas sobreviveu e está agora junto de Gale, da mãe e da irmã no Distrito 13. Recuperando pouco a pouco dos ferimentos que sofreu na arena, Katniss procura adaptar-se à nova realidade: Peeta foi capturado pelo Capitólio, o Distrito 12 já não existe e a revolução está prestes a começar. Agora estão todos a contar com Katniss para continuar a desempenhar o seu papel, assumir a responsabilidade por inúmeras vidas e mudar para sempre o destino de Panem - independentemente de tudo aquilo que terá de sacrificar... O último volume da trilogia Os jogos da Fome é ainda mais emocionante e deixará os leitores rendidos ao seu ritmo e enredo arrebatadores.



Bem, eu acho esta trilogia soberba, pelo menos até onde li (que foi até à página 138). Este é mesmo o meu género de livros, adoro, adoro, adoro! Estou ansiosa por acabar de o ler, quero muito saber o que vai acontecer no final. Estou tão obcecada com este livro, que só parei porque comecei a pensar se iria saber o final pelo livro ou pelo filme (uma vez que já os vi), então após algum tempo a pensar, decidi continuar a ler e depois ver o filme. Estou ansiosa por retomar esta leitura. Quando acabar, irei dar a minha opinião e classificar a trilogia, ou talvez faça um por um, não sei, mas é definitivamente algo em que tenho de pensar.

2) A Vida de Pi


Título original: Life of Pi
Título nacional: A Vida de Pi
Autor: Yann Martel
Editora: EDITORIAL PRESENÇA
Páginas: 321
Género: Aventura | Fantasia

Sinopse: Filho do administrador do jardim zoológico de Pondicherry, na Índia, Pi Patel, possui um conhecimento enciclopédico sobre animais e uma visão da vida muito peculiar. Quando Pi tem dezasseis anos, a família decide emigrar para a América do Norte num navio cargueiro juntamente com os habitantes do zoo. Porém, o navio afunda-se logos nos primeiros dias da viagem. Pi vê-se na imensidão do Pacífico a bordo de um salva-vidas acompanhado de uma hiena, um orangotango, uma zebra ferida e um tigre de Bengala. Já considerado uma das mais extraordinárias criações literárias da última década, AVida de Pi é um livro mágico, onde o real e o absurdo se misturam numa história intemporal. Agora, este bestseller de enorme sucesso mundial, cuja adaptação cinematográfica foi durante muito tempo considerada uma impossibilidade, chega finalmente ao grande ecrã, pela mão do realizador Ang Lee.



Eu já devia ter lido este livro há cerca de um ano e meio, devido a um concurso regional, mas não o li, (nessa altura o prazer da leitura estava muito fraquinho, digamos) o que se veio a refletir na pontuação do meu teste sobre o livro. Nunca mais peguei nele, até que um dia estava a ver a estante de livros e encontrei-o lá. Como a minha leitura com o livro III dos jogos da Fome estava  temporariamente interrompida, decidi pegar nele, mas foram precisos alguns dias para realmente o começar a ler (levava-o todos os dias para a praia mas nunca pegava nele, então num dia nublado, não tão bom comecei a lê-lo - FINALMENTE!). Confesso que a nota do autor logo no início do livro me interessou bastante, para não falar das capas - tanto a do filme como a do livro - são lindas. Quando dei início à leitura do capítulo 1, aquilo parecia mesmo muito aborrecido, mesmo assim continuei e pelo menos até onde li (página 58) não me arrependi. Sei que a minha opinião ainda pode mudar bastante porque ainda me falta muito para acabar de o ler. Já vi o filme, mas depois de acabar de ler este livro, acho que vou voltar a vê-lo e talvez escreva aqui um artigo a compará-los e claro a opinião sobre cada um deles.


O meu cantinho

Olá!
Chamo-me Ana e tenho uma paixão enorme pelas artes e literatura, por isso, decidi criar este blog, para dar e partilhar opiniões sobre os livros que li, os filmes que vi (e os que pretendo ver e ler) etc., mas também, deixar os meus leitores a par de todas as novidades presentes neste "mundo", que ADORO!
Eu sou uma adolescente, por isso, é de esperar que eu desabafe muitas vezes aqui.
Na coluna do "Quem sou eu?" irei escrever mais algumas coisas que me caracterizem, os meus sonhos e ambições, talvez.
Acho que por agora é tudo, é estranho dizer isto, porque parece que estou a falar sozinha, mas espero que alguém se interesse por este cantinho.