Este livro começa com a nota do autor, que para mim foi muito essencial, e motivou muito a minha leitura porque eu adoro saber como surgiram as coisas, neste caso, o livro, e, de fato, o autor explica-nos isso mesmo, também agradece a todos que o ajudaram a construir esta história.
O livro - A Vida de Pi - está dividido em 3 partes.
A primeira parte tem o nome de "Toronto e Pondicherry" e nesta parte e na primeira pessoa, Pi, começa por contar o que estudou na universidade e tudo o que aconteceu depois da sua aventura; depois retrocede ainda mais e conta-nos aspetos da sua infância. Em itálico, o escritor, faz pausas na narrativa, e conta-nos pequenas coisas sobre o aspeto físico e psicológico de Pi, como é a sua casa e o que faz. Esta parte debate muitas questões filosóficas, como os animas no zoo ou na selva e a religião - que foi muito interessante a nível de informação mas um bocado enfadonho, porque como debate muitas coisas e temos de pensar enquanto lemos a leitura torna-se lenta e parece que não saímos do mesmo lugar, mas garanto que vale mesmo a pena continuar a ler.
A segunda parte chama-se " O Oceano Pacífico" e é aqui que as aventuras de Pi começam, no Oceano Pacífico, e o livro se torna mais viciante e também um pouco um manual de sobrevivência (que nos leva até a pensar que se naufragarmos, com ele estamos prontos para tudo). As aventuras de Pi começam e tudo o que Pi sente nós sentimos, se Pi sente fome nós também, se Pi se sente triste nós também, o mesmo quando se sente contente. O que Pi perde nós perdemos, o que Pi conquista nós conquistámos. E no final nós acabamos por conquistar e ficamos felizes, apesar de todo o mal que já aconteceu.
Na última das partes "Enfermeira Benito Juárez. Tomatlán, México,", Yann Martel - o escritor - começa por narrar o que os dois investigadores, em busca de respostas sobre o naufrágio do cargueiro "Tsimtusm", em que Pi, a família, os animais, a tripulação e os oficiais estavam, passaram. O resto consiste no diálogo entre eles mesmos e mais uma pessoa, em busca de respostas. Por fim, o escritor, intervém uma última vez, com o relatório que um dos investigadores apresentou para explicar o naufrágio do cargueiro, pela conversa que teve no México.
É uma história muito bem construída, pelo qual, não posso deixar de valorizar a escrita de Yann Martel, que com este livro ganhou o Prémio Booker. Acho mesmo que é "uma das mais extraordinárias criações literárias da última década e também acho que toda a gente deveria ler, e por isso mesmo aconselho-o para todas as pessoas. Este livro, motivou-me a ler outras obras do autor, talvez "Beatriz e Virgílio, seja uma boa aposta. Acham? Mas penso que não vou ler tão cedo. A escola não deixa muito tempo para a leitura, e antes tenho de ler outros livros, mas vou chegar lá.
Quanto ao filme, acho que a indicação ao Óscar foi muito bem merecida, as imagens, a música, a interpretação dos atores são esplêndidos. Quanto aos argumentos escolhidos, não são maus, mas acho que podia ter usado mais os do livro, mas o realizador escolheu assim, o que não deixa de ser bom, mas, na minha opinião, o livro é muito melhor.
Classificação: 4,5/5
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